domingo, 3 de julho de 2011

Crime, mas pouco

O Clube de Teatro participou na III Mostra de Teatro Escolar/2011, integrada numa organização conjunta do Theatro Circo e do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga. O espectáculo teve lugar no dia 28 de Março, pelas 15.30 horas, no Theatro Circo, em Braga. “Crime, mas pouco!...” foi o nome dado à peça representada.


Elenco/ alunos:

João da Silva – João Igor Abreu
Jéssica – Maria Inês Azevedo
Antónia – Ana Silva
Samuel – Pedro Braga
Áurea – Ana Catarina Costa
Sãozinha - Joana Dias
Dorzinhas – Bárbara Rodrigues
Jack – Paulo Guilherme Gonçalves
Sargento Ventura – José Filipe Costa
Ivonete – Ana Catarina Costa
Papa – Paulo Guilherme Gonçalves
Manuel Alegre – Pedro Braga
Mãe – Laura Villain
Irmã – Sofia Carvalho
Talhante – Pedro André Sá
Sócrates – Paulo Guilherme
Zapatero – Hugo Abreu
Obama – José Filipe Costa
Sambistas – Patrícia Rocha e Hugo
Homem – Pedro Braga
Jornalistas – Ana Catarina, Rita, Pedro André, Laura

Colaboração:
Professor José Carlos Machado

(clicar na imagem para a ampliar)


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TEATRO E SOLIDARIEDADE

O Clube de Teatro aceitou o desafio da Cáritas Diocesana de Braga para representar uma peça de teatro, durante o jantar do dia 15 de Dezembro, nas suas instalações, como forma de contribuir para a celebração da Festa de Natal dos seus utentes (toxicodependentes, sem-abrigo, pobres, excluídos…).
Através do Clube de Teatro da Frei Caetano Brandão, a Escola foi, uma vez mais, ao encontro da cidade. Desta vez, de uma cidade mais envergonhada e silenciosa, mas tão digna e tão humana como a que se passeia, domingueira e indiferente, nos passeios da Avenida.


domingo, 10 de outubro de 2010

A República já com frutos




No dia 4 de Outubro, no âmbito da comemoração do Centenário da República, os alunos do Clube de Teatro, vestidos a rigor, procederam ao içar da bandeira nacional ao som do hino. O ponto alto deste momento histórico foi a encenação do discurso de implantação da República proferido por José Relvas, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, em 1910, perante um público atento e muito curioso.
Vejamos as fotos.






À noite, no jantar de gala, o Clube representou a peça "O Rei Morreu", criada pelo Clube.
O tempo para ensaios foi escasso, mas valeu a pena o esforço.



Vale a pena continuar a ver!


sábado, 2 de outubro de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Principezinho

Cheio de vontade, o Clube de Teatro participou na II Mostra de Teatro Escolar,
promovida pelo Pelouro Municipal da Cultura, no dia 29 de Abril.
O grupo é constituído quase na sua totalidade por alunos do 7º ano de escolaridade,
embora tenha também dois alunos do 8º ano e um do 9º ano.
Desta vez, adaptou para teatro a narrativa "O Principezinho", de Saint-Exupéry,
esse menino que vai de Planeta em Planeta à procura de Amigos e que acaba por
perceber que a verdadeira Amizade cresce no coração de cada um.






No ensaio, antes de espectáculo.







E, já agora, espreitemos os cenários.





Partilhamos convosco a mensagem da cena seguinte.

11ª CENA – Principezinho e Raposa

Raposa - Olá!
Principezinho – Olá! (volta-se mas não vê ninguém).
Raposa - Estou aqui, debaixo da macieira!
Principezinho - Quem és tu? És bem bonita!
Raposa - Sou uma raposa.
Principezinho - Anda brincar comigo. Estou tão triste.
Raposa - Não posso ir brincar contigo. Ainda não me cativaste…
Principezinho - Ah! Então, desculpa! O que é que quer dizer “cativar”?
Raposa - Vê-se logo que não és de cá. De que é que tu andas à procura?
Principezinho - Ando à procura dos homens. O que é que significa “cativar”?
Raposa - Os homens têm espingardas e passam o tempo a caçar. É uma grande maçada! E também fazem criação de galinhas! Aliás, na minha opinião, é a única coisa interessante que eles têm. Andas à procura de galinhas?
Principezinho - Não. Ando à procura de amigos. O que é que significa “cativar”?
Raposa - É uma coisa que toda a gente esqueceu. Significa criar laços com alguém.
Principezinho - Laços?
Raposa - Sim, laços. Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros 100 mil rapazinhos. Eu não preciso de ti e tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu passo a ser única no mundo para ti...
Principezinho - Parece-me que estou a perceber. Sabes, há uma certa flor... tenho a impressão que ela me cativou…
Raposa - É bem possível. Vê-se cada coisa cá na Terra...
Principezinho - Oh! Mas a minha flor não é da terra.
Raposa – Então? É de outro planeta?
Principezinho - É.
Raposa - E nesse tal planeta há caçadores?
Principezinho - Não.
Raposa - Começo a achar-lhe alguma graça... E galinhas?
Principezinho - Também não.
Raposa – É pena! Não há bela sem senão. Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu caço galinhas e os homens caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais umas às outras e os homens são todos iguais uns aos outros. Por isso, às vezes, aborreço-me um bocado. Por favor, cativa-me.
Principezinho - Eu bem gostava, mas não tenho muito tempo. Tenho uma data de coisas para conhecer...
Raposa - Só conhecemos o que cativamos. Os homens, agora, não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
Principezinho - E o que é que preciso fazer?
Raposa - É preciso ter muita paciência. Primeiro, ficas um bocadinho afastado de mim, assim. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias podes ficar um bocadinho mais perto...
Principezinho – Estou a perceber. Então, até amanhã!
Raposa - É melhor vires à mesma hora porque assim, uma hora antes eu já começo a ser feliz. E quanto mais perto ficar a hora da tua chegada, mais feliz me sentirei. Além disso, saberei a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito... Adeus. Ai que me vou pôr a chorar...
Principezinho - A culpa é tua. Eu bem não queria que te acontecesse mal nenhum, mas tu quiseste que eu te cativasse...
Raposa - Pois quis.
Principezinho - Mas agora vais pôr-te a chorar!
Raposa - Pois vou.
Principezinho - Então não ganhaste nada com isso!
Raposa - Ai isso é que ganhei. Pensa bem outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no universo.
Principezinho – Realmente, elas não soão nada parecidas com a minha rosa! Ninguém as cativou e elas não cativaram ninguém. São bonitas, mas vazias. A minha rosa sozinha vale mais do que elas todas juntas, porque foi a ela que eu reguei, porque foi a ela que eu matei as lagartas, porque foi a ela que eu ouvi… Porque ela é a minha rosa.
Raposa - Vou contar-te um segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
Principezinho - O essencial é invisível aos olhos.
Raposa - Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
Principezinho - Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa que tornou a minha rosa tão importante.
Raposa - Os homens já se esqueceram desta verdade mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para sempre por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa.
Principezinho - Sou responsável pela minha rosa. (Saem os dois).